Mário Neves (1960)
Na pintura de Mário Neves reconhecemos temas do dia a dia, das suas ambiências, da sua realidade vivencial. Consistentemente, nas abordagens a estes temas, o autor vagueia entre o figurativo e a depuração abstrata da forma. Na maioria das suas obras, as fórmulas matemáticas e a geometrização dos elementos partilhados no espaço procuram determinar a base de uma expressão intimista, individualista, como uma análise do eu. O pintor, que descreve a sua vida, a vista de fora (o mundo) para dentro (a tela). Na paleta de cor, verificamos também uma exploração exaustiva das suas potencialidades como unificadora da configuração. As cores aplicadas trabalham em sinergia, e para tal, dialogam permanentemente como uma célula da glia. Cada obra plástica de Mário Neves é composta de improvisações, imaginários inesperados que permite a cada observador construir a sua história.
Onde acaba a obra de Mário Neves, começa a história do seu espectador.
Adalgisa Duarte